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Estouro da boiada da corrupção nacional

A Gazeta do Acre por A Gazeta do Acre
11/05/2012 - 03:18
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Por ser um aficionado dos filmes de Faroeste, produzidos outrora em Hollyood, trago na memória os grandes clássicos do gênero: Os Brutos Também Amam (Shane), Duelo de Titãs, Matar ou Morrer, Vera Cruz, Sem Lei e Sem Alma, A Face Oculta, Santa Fé e por ai vai. As três coisas que mais detém a minha atenção nos Westerns são: os duelos; a convivência dos vaqueiros com a boiada e o estouro da boiada. Sobre a cumplicidade do vaqueiro com a boiada, nunca li descrição melhor do que a de Euclides da Cunha (Os Sertões): “Segue a boiada vagarosamente; à cadência daquele canto triste e preguiçoso. Escanchado desgraciosamente,  na sela, o vaqueiro, que a revê unida e acrescida de novas crias, rumina os lucros prováveis: o que toca ao patrão, e o que toca a ele, pelo trato feito. Vai dali mesmo contando as peças destinadas à feira; considera, aqui, um velho boi  que ele conhece há dez anos e nunca levou à feira, mercê de uma amizade antiga…”   

Segundo a tradição do Velho Oeste a tarefa de conduzir uma boiada implicava em conviver ao longo do caminho, com tragédia, desespero e traição por parte, principalmente, de cowboyos renegados infiltrados nas caravanas. Contudo era o estouro da boiada a grande preocupação dos vaqueiros.     

As causas de um estouro de boia-da, são as mais diversas possíveis, algumas até inusitadas. Por exemplo, no filme Rio Bravo o estouro se dá em função de um pequeno detalhe. Um vaqueiro, que era chegado a comer açúcar,  sempre que o cozinheiro dava ensejo, lá estava ele a surrupiar um pouco de sacarose. Numa noite, quando só se ouve, ao longe, o uivado do coiote, o peão  boiadeiro, apesar das inúmeras advertências do cozinheiro ranzinza, não consegue controlar  sua compulsão pelo açúcar e se dirige a carroça de alimentos; entretanto ao concluir seu intento derruba as panelas; a zoada “transfunde o espanto  sobre o rebanho inteiro”. E lá se vai a boiada, que no dizer de Euclides da Cunha: “Não há mais como contê-los ou alcançá-los. Acamam-se as caatingas (contexto do sertão brasileiro), árvores dobradas, partidas, estalando em lascas e gravetos; desbordam de repente as baixada num marulho de chifres; estrepitam, britando e esfarelando as pedras, torrentes de cascos pelos tombadores; rola surdamente pelos tabuleiros ruído saturno e longo de trovão longínquo…”

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Além dessa explosão, as boiadas destroem-se em minutos, “feito montes de leivas, antigas raças penosamente cultivadas; extinguem-se, em lamaceiros revolvidos, as empoeiras rasas; abatem-se, apisoados, os pousos; ou esvaziam-se, deixando-os espavoridos, fugindo para os lados, evitando o rumo retilíneo em que se despenha a arribada. Milhares de corpos que são um corpo único, monstruoso, informe, indescritível, de animal fantástico, precipitado na carreira doida”.

No entanto, o que tem a ver o meu saudosismo, bem como o sincretismo e o pré-modernisno de “Os Sertões”, com os tempos pós-modernos da era digital? Tudo, porquanto quando se pensava que setores dos poderes constituídos não mais incorreriam em escandalos do tipo: corrupção nos Correios; mensalões;  corrupção em casas legislativas; corrupções no executivo e outros “n” subornos ou peitas, testemunhados pelo povo brasileiro, que por si só revelam “lamaceiros revolvidos” próprios de um estouro de boiada.

Quando se pensava, repito, que havia calmaria na condução do rebanho, eis que surge “a rede cachoeira”. Rede, que no dizer do jornalista Jânio de Freitas, é um organismo espetacular mais poderoso do que quase todos os partidos políticos.

A extensão dessa “rede” operava em setores do Ministerio da Saúde (Anvisa), Ministério dos Transportes, Departamento Na-cional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Ministério da Educação, Ministério da Justiça por meio da Polícia Federal, Supremo Tribunal Federal, Superior Tribunal de Justiça, governo de Goiás, governo do Distrito Federal (e, possivelmente, mais governos), Receita Federal, Senado, Câmara, etc.
É ou não é, leitor, um estouro da boiada? A única diferença é que no estouro da boiada  da corrupção nacional parece que serão revelados os nomes dos bois.

Enquanto isso, o bom vaqueiro-chefe (protótico da presidente Dilma) estirado e “preso às crinas do cavalo” vê chegar os companheiros que escutaram, de longe, o estouro. Ai, então, renova-se a lida: “novos esforços, novos arremessos, novas façanhas, novos riscos e novos perigos, a despender, a atravessar e vencer, até que o boiadão… pouco a pouco afrouxe e estaque, inteiramente cansado”.

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