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A sangria do “cotão”

Com essa representação do Ministério Público, através de seu procurador com assento no Tribunal de Contas, exigindo a prestação de contas da chamada verba de gabinete dos deputados estaduais, conhecida também como “cotão”, levanta-se o véu de uma das maiores sangrias do dinheiro público que vigora neste Estado.

Ao que consta, esse ganho escuso e mal explicado dos deputados chegaria a R$ 60 mil cada um, custando cerca de R$ 1 milhão por mês dos cofres públicos. Somada aos vencimentos ou salários, cada parlamentar receberia em torno de R$ 100 mil por mês.

 Pelo que produzem, mas, sobretudo, levando-se conta a situação econômica e social da maioria da população deste Estado, que sobrevive com um salário mínimo ou nem isso, com o Bolsa Família, são ganhos que afrontam e escarnam essa situação.

Para agravar ainda mais esse quadro de ignomínia, a direção do parlamento sequer estaria prestando contas dessa farra. Ou “cotão”, como é conhecida.
Simplesmente, gastam, torram e embolsam esse dinheiro público sem dar nenhuma satisfação aos órgãos fiscalizadores e à sociedade, como quem reparte às escondidas um botim saqueado. 

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