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O que se espera

Prevaleceu o bom senso e o grave conflito que se configurava com a invasão dos índios à sede da Funai e a decisão da Justiça para que desocupassem a sede da entidade acabou sendo contornado com o diálogo e as negociações entre as partes.

O que a sociedade espera agora é que essas negociações sejam aprofundadas e a Funai cumpra com seu dever constitucional de garantir os mais elementares direitos às comunidades ou povos indígenas aqui no Estado. Como se espera também das lideranças indígenas que se disponham ao diálogo e, mais do que protestos, visem o bem-estar desses povos.

O que se observa aqui no Acre é que várias etnias já estão com suas terras demarcadas e desenvolvendo projetos bem sucedidos na exploração dos recursos naturais, como garantiram também assistência à saúde e à educação. Exemplo disso são os Ashaninkas do Rio Amônea, os Kaxinawas e outros povos que vivem tão bem ou melhor em suas aldeias do que seringueiros, colonos e ribeirinhos.

Se conseguiram chegar a este estágio, inclusive com acesso aos meios mais modernos de comunicação, como a internet, outras etnias também podem e têm o direito a esses bens. Para tanto é preciso que a Funai cumpra com suas obrigações garantindo a demarcação de suas reservas e prestando os serviços elementares de assistência à saúde. Prolongar, indefinidamente, esses conflitos não interessa a ninguém. Muito menos aos índios.

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