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Seria um luxo

Louve-se o zelo do Ministério Público Estadual, através da promotoria do Meio Ambiente, em levantar alguns questionamentos sobre possíveis impactos ambientais que o projeto ‘Cidade do Povo’ poderia acarretar. Faz parte do seu ofício e deve ser respeitado. Contudo, não se pode radicalizar sobre esta questão sob pena de se cometer equívocos e até irresponsabilidades.

Mentor e executor do projeto, o Governo do Estado já promoveu audiência pública para debater a questão. Apresentou laudos técnicos que atestam a viabilidade do projeto, cercados de cuidados para não comprometer o meio ambiente, sobretudo, a existência de um aquífero sobre o qual em parte as moradias seriam construídas.

O Ministério Público considerou que esses cuidados não seriam suficientes para garantir a preservação, mas também não apresentou ainda argumentos mais sólidos, técnicos, de modo particular, sobre o aquífero.

Diante do impasse, o bom senso recomenda que as partes abram os canais de diálogo, analisem mais a fundo, sob o ponto de vista técnico, e cheguem a um termo. O que este Estado não pode é se dar ao luxo de descartar um projeto de grande alcance social, entre eles, o de zerar o déficit habitacional da Capital, o qual, segundo consta, chegaria a mais de 25 mil famílias.

Ora, se o empecilho maior é o aquífero, por que não preservá-lo e até explorá-lo, com todos os cuidados recomendáveis, para abastecer o novo empreendimento habitacional? Simples, não?

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