A despeito da recomendação do Ministério Público, a audiência pública sobre o projeto “Cidade do Povo’ foi produtiva, com boa participação de diversos segmentos da sociedade e, sobretudo, para conhecê-lo melhor e discutir os possíveis impactos ambientais que deverão ser contornados e evitados.
Fato é que se trata de um bom projeto, com a previsão de se construir cerca de dez mil moradias, capaz inclusive de zerar o déficit habitacional da Capital do Estado, um problema grave que atualmente atinge milhares de famílias sem casas ou morando em áreas de risco.
Se o governo garante que os recursos também estão praticamente assegurados junto à instituições federais, que se compromete a debater e evitar os possíveis danos contra o meio ambiente não há porque ser contra só por questões políticas ou politiqueiras ou antepor todo tipo de empecilhos para inviabilizá-lo.
A última grande cheia mostrou que o Rio Acre já não mais “comanda a vida” da cidade, que é preciso aumentar a oferta de moradias populares, direcio-nando o crescimento para áreas mais elevadas, mais salubres.