Com intuito de melhorar o atendimento dos usuários, os funcionários do Banco da Amazônia da cidade de Brasileia paralisaram suas atividades por duas horas na manhã de terça, 7.
O ato, organizado pelo Sindicato dos Bancários, ocorreu das 8h às 10h e tinha como objetivo sensibilizar a direção do banco a contratar mais funcionários para a unidade e, assim, proporcionar a melhoria do atendimento à clientela e mais qualidade de vida aos funcionários da unidade, explicou o presidente do Sindicato dos Bancários do Acre, Edmar Batistela, pedindo a compreensão dos clientes.
Preocupado com a situação, o vereador Raimundo Lacerda (PCdoB) se fez presente ao ato. O comunista, durante o seu discurso isentou os funcionários da precariedade dos serviços prestados aos usuários, mas não poupou crítica ao superintendente da instituição José Roberto. O vereador exigiu a presença do superintendente nas dependências da agência para conhecer o sofrimento da população que procura atendimento naquela unidade bancária. Minutos depois, o vereador, durante a sessão na Câmara Municipal de Brasiléia, apresentou requerimento. O texto solicitava a presença do superintendente da instituição no parlamento para explicações sobre a problemática do atendimento.
Outra a falar durante o protesto foi a funcionária e representante sindical do Banco da Amazônia na cidade de Brasiléia, Alcilene Mota. Ela pediu desculpa à população, em nome dos demais colegas de trabalho, pela preca-riedade no atendimento da agência. Alcilene acredita que somente com a contratação de novos funcionários e ampliação do número de caixas eletrônicos, será possível atender melhor o público.
Coordenando uma greve que completou três meses terça-feira, o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Epitaciolândia, Carlinhos Nogueira, prestou apoio ao movimento dos bancários. Ele também cobrou novas contratações para o quadro da agência, reconhecendo ainda que os menos culpados pela situação são os funcionários.
A agência de Brasiléia conta hoje com nove funcionários e presta atendimento mensal para mais de três mil usuários [a maioria aposentados], número insuficiente para a demanda de trabalho diário. De acordo com informações repassadas ao Sindicato, os funcionários da agência estão extrapolando a jornada de trabalho. Muito deles, estão ficando até 12 horas diá-rias dentro da unidade, mas a demanda de serviço e tão grande que ainda não é suficiente.
Na manifestação de terça-feira, 8, o Sindicato também cobrou da instituição melhoria dos serviços prestados no autoatendimento da agência (caixas eletrônicos).
Após o ato de terça-feira, a direção do Sindicato vai entregou ofício junto ao Ministério Público do Trabalho. O objetivo é fazer com que o órgão fiscalize a carga horária excessiva de trabalho que os funcionários estão sendo levado a praticar dentro da unidade, assim como a baixa qualidade do atendimento ao público. (Ascom Seeb/AC)