Esse acidente ocorrido domingo na BR-364, no trecho Rio Branco Sena Madureira, matando seis pessoas, longe de ser uma fatalidade, só vem atestar o grau de vulnerabilidade e peri-culosidade em que se encontram as poucas rodovias asfaltadas no Estado.
A impressão que se tem – e não é só impressão – é a de que o Acre está cometendo a mesma estupidez de outros estados, onde, sobretudo, em feriados mais prolongados, o número de acidentes nas rodovias se multiplica e quase sempre com registros de mortes.
Evidentemente que não é para isso que se está asfaltando as rodovias no Estado, como está ocorrendo agora com a conclusão do asfaltamento até Cruzeiro do Sul, passando pelos municípios dos vales do Iaco, Purus e Juruá. Ao contrário, uma rodovia pavimentada serve para facilitar a mobilidade das pessoas, para facilitar o intercâmbio e levar o desenvolvimento aos pontos mais distantes.
Isso, entretanto, só é possível na medida em que se tomem as medidas necessárias para garantir a segurança, a começar pela educação dos motoristas, por uma rigorosa fiscalização da Polícia Rodoviária e a conservação das rodovias.
A rigor, não há fatalidade nesses acidentes, como muitas vezes se quer fazer crer, ou por crendices ou para encobrir as verdadeiras causas. Sempre há uma ou várias causas contribuindo para a ocorrência e a repetição dessas tragédias a ceifar vidas e a causar dor e sofrimento.