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À vista de todos

O problema do menor abandonado ou em  “situação de risco”, para usar expressão da moda, começa a ganhar dimensões preocupantes, graves mesmo, também aqui no Estado e está na hora, passando da hora, de as autoridades atentarem para a gravidade da situação.

Ainda esta semana, dois menores foram “apreendidos” pela polícia, para usar outro termo da moda, quando se preparavam para fugir para Porto Velho, depois de assassinarem um idoso a facadas numa tentativa fracassada de roubo. E o detalhe que chama a atenção no caso: um dos menores tem 14 anos, o outro apenas 12.

Pior é que não se trata de caso isolado. Em muitas das ocorrências policiais de roubos, assaltos, seguidos de morte, e no tráfico de drogas, quase sempre há participação de um ou mais ado-lescentes, o que só vem a confirmar a gravidade do problema.

Se as causas são conhecidas pelas autoridades e a sociedade, as soluções é que tardam a serem tomadas. Até agora, por exemplo, não se fez um levantamento mais aprofundado do número desses menores que vivem perambulando pelas ruas cometendo todo tipo de delitos, pequenos e graves. Mas eles existem e estão à vista de todos, nos mercados, nos terminais de passageiros, nas esquinas de ruas ou sendo usados por quadrilhas.

Identificá-los e recolhê-los, encaminhando-os para suas casas, responsabilizando os pais, ou para centros sócio-educativos seria um bom começo. O que não se pode é ignorar o problema ou fingir que ele não existe.

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