Já vai para mais de duas semanas que as universidades federais estão em greve em todo o país e não há previsão de que o impasse seja superado. As lideranças do movimento insistem que o governo não cumpriu com os acordos e o ministro da Educação alega que a greve é injustificada, já que as negociações vinham sendo feitas, de acordo com o cronograma estabelecido.
Com isso, mais de metade das universidades federais estão paralisadas e milhares de estudantes sem aulas, em pleno semestre, como se isso não tivesse nenhuma consequência sobre a qualidade do ensino.
Nada a opor a que trabalhadores de quaisquer categorias exerçam seu direito constitucional de reivindicar melhores salários e melhores condições de trabalho, como é o caso dos professores universitários que estão sim com salários defasados e o governo tem a obrigação de corrigir essa grave distorção.
O que a sociedade não pode aceitar são essas greves por “tempo indeterminado” em se tratando de instituições e serviços públicos, mantidos com o dinheiro dos impostos dos contribuintes.
A impressão que dá – e não é só impressão – é a do descaso com bens tão importantes como são a educação e o ensino. Como poderia ser com a saúde, o transporte público e outros.