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Passando da hora

Em boa hora – ou passando da hora – agentes da Vara da Infância e Adolescência recolheram no final de semana 20 menores em situação de risco, mais um desses eufemismos para camuflar a realidade. Na verdade, são menores alcoolizados e drogados que vivem perambulando pelo Centro da cidade, fazendo biscates, pedindo esmolas, se prostituindo ou mesmo delinquindo.

O que se observa é que cada vez mais aumenta o número desses jovens que abandonam suas casas ou são abandonados pelos pais e fazem das ruas, sobretudo em volta dos mercados, dos terminais de passageiros, seus pontos de atividades lícitas ou ilícitas, quando não se envolvem com grupos e quadrilhas envolvidas em assaltos e no tráfico de drogas.

Por uma visão equivocada da realidade ou por considerar que não é de suas responsabilidades os órgãos de assistência social se comportam como verdadeiros expectadores dessa tragédia, sem tomar atitudes práticas para combatê-la.  Com a frouxidão da lei, de modo particular, do Estatuto da Criança e do Adolescente, acham que tudo é permitido a esses adolescentes, até que se transformem em perigosos foras-da-lei.

Evidentemente que não basta retirá-los das ruas, embora seja necessário. É preciso que identifiquem suas origens, que os pais sejam responsabilizados, e que sejam encaminhados ou para suas casas ou para os centros de recuperação, onde devem acompanhados de perto com medidas sócio-educativas, mas também com disciplina. 

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