Por mais contaminada que esteja a legislação eleitoral deste país, há situações que chegam ao limite e não podem continuar indefinidamente, como se tudo fosse permitido, na mais completa anomia. Uma dessas situações é a que envolve essa senhora, a deputada federal Antônia Lúcia e agora se apresentando também com candidata a prefeito da Capital.
Essa senhora já teve seu mandato cassado pelo TRE na eleição passada por várias e graves denúncias de abuso de poder econômico, tendo sido flagrada pela Polícia Federal contra-bandeando caixas de dinheiro de outro estado para financiar sua campanha e de outros candidatos.
Naturalmente, valendo-se de todos os casuísmos que a legislação faculta, recorreu à instância superior e ainda se mantém no cargo pela morosidade da Justiça Eleitoral. Não bastasse isso, eis que, novamente, ela surge de novo nesta campanha eleitoral envolvida em mais uma grave denúncia: a falsificação de assinaturas de outros dirigentes de partido.
Por conta disso e do antecedente de “ficha suja”, outra vez o TRE impugnou sua candidatura, a Polícia Federal, mais uma vez, fez uma devassa em sua casa e escritório, mas nada disso parece intimidá-la ou contê-la em seus propósitos. Mesmo que pela simples falsificação de documentos, já deveria ter sido recolhida em alguma cela de algum presídio.
O que a sociedade pergunta é até quando essa senhora continuará na mais completa impunidade, fazendo pouco caso de tudo e de todos, até da própria Justiça?