Tirando o excesso de casuísmos enxertados ao longo dos anos por interesses escusos dos legisladores, há alguns itens positivos a serem ressaltados na atual legislação eleitoral. Um deles é a exigência de os candidatos a cargos executivos apresentarem no ato do registro de suas candidaturas seu plano de governo.
Isso equivale a dizer, no caso dessas eleições municipais, que os candidatos a prefeito assinaram um termo de compromisso perante a Justiça e à sociedade de honrarem as propostas contidas em seus planos, como se as tivessem passado em cartório.
Por sua vez, a sociedade, os eleitores de modo particular têm o direito de cobrar o que está contido nesses planos durante a campanha e, sobretudo, depois que forem eleitos.
Daí a importância nesse período eleitoral, que se prolonga por cerca de três meses, de os candidatos e seus partidos darem a devida e mais ampla divulgação de seus planos de governo, para que os eleitores os comparem e possam melhor decidir pelas propostas mais adequadas e exe-quíveis diante dos problemas que afetam os municípios. Em última instância, isso é o que importa.
De sua parte, os eleitores precisam estar atentos e cobrar a divulgação e o debate sobre essas propostas. Assim fazendo estão comprometendo os candidatos a honrarem esses compromissos assumidos e, ao mesmo tempo, elevando o nível da campanha, para que não se perca em escaramuças ou a ataques pessoais, como se tem observado.