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Governo quer superar os R$ 120 milhões em negócios na Expoacre 2012

A Expoacre 2012 começa no próximo sábado, 21, com muitas novidades para o público que visitar o Parque de Exposições durante as nove noites de Feira. A expectativa dos organizadores é que, este ano, o volume de negócios ultrapasse os R$ 120 milhões que foram registrados em 2011.
Equipes finalizam preparativos dos estandes no Parque de Exposições; Feira começa dia 21 e promete trazer muitas novidades para o público acreano
Além dos shows, rodeios e outras atrações, a Feira deve ser marcada pelo lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2012/2013, para crédito de custeio e investimento à agricultura familiar.

O Plano que prevê investimento de R$ 80 milhões na agricultura familiar acreana deve ser lançado pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, no dia 23, durante a Expoacre. Além disso, o Governo do Estado espera que sejam realizados grandes negócios durante a Feira.

Mais de 70 indústrias de diversos segmentos estarão expondo seus produtos durante a Feira Agropecuária. Além disso, os pequenos negócios terão atenção especial e prometem ser um diferencial.

“A Feira vai reunir do pequeno ao grande comerciante, em um mesmo ambiente. Isso mostra que o Acre está crescendo muito, com grandes indústrias e com aquelas pequenas iniciativas que garantem renda para milhares de famílias”, explica o secretário da Seaprof, Lourival Marques, um dos organizadores da Expoacre.

Lourival Marques afirma que, para 2012, com o crescimento da indústria, os investimentos feitos pelo governo no setor produtivo e as opções de entretenimento, o volume de negócios deve ser o maior dos últimos anos.

“O Acre está com um setor produtivo incentivado e em crescimento. Vamos apresentar tudo aquilo que produzimos em um único espaço. Também teremos assinaturas de contratos com os bancos, além dos leilões que rendem, por noite, uma média de R$ 1 milhão a R$ 2 milhões. Tudo isso, aliado ao entretenimento com shows e outras opções, fará com que tenhamos uma grande Feira de Negócios”, destaca.

A Feira é uma realização do Governo do Estado e Sebrae/Acre, com apoio do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Associação Comercial (Acisa), Federação da Indústria (Fieac) e Federação do Comércio (Fecomércio).
Michel Teló e Padre Fábio de Melo são as atrações mais esperadas para as noites do grande evento

Shows devem levar multidão para o Parque
Michel Teló, Revelação e Cristiano Araújo serão as atrações nacionais durante a Expoacre 2012. Além deles, também farão shows na Feira o padre Fábio de Melo, que canta na noite Católica, e Thalles Roberto, na noite Evangélica.

Essas atrações devem levar milhares de pessoas ao Parque de Exposições. Para os coordenadores da Feira, os shows são fundamentais para atrair o público. “Antes de ir para os shows, as pessoas circulam por todo o Parque e fazem pequenos e grandes negócios”, lembra Lourival Marques.

De acordo com ele, mais de 50 bandas e duplas sertanejas do Estado irão se apresentar durante as nove noites de Feira, no palco alternativo. Para incentivar o público a prestigiar os artistas locais serão oferecidos vários ambientes, onde as bandas vão se apresentar. E para a diversão da criançada, foi criado o “Barracão Recreio”, espaço destinado a atividades culturais e educativas.


 Bancos oferecem facilidades para atrair clientes

RUTEMBERG CRISPIM
Os números ainda não foram divulgados, mas há a estimativa de que uma grande porcentagem dos servidores públicos estaduais e municipais tenham dívidas com bancos e outras instituições financeiras.
BB criou programa para atrair clientela de outros bancos
Para evitar o endividamento excessivo dos trabalhadores, permite-se que seja comprometido até 30% da renda mensal com o empréstimo. Mas, existem históricos de servidores que já comprometeram praticamente todo salário do mês para o pagamento deste tipo de dívida.

Os juros são considerados os maiores vilões do relacionamento entre instituições bancárias e trabalhadores. São eles os responsáveis pelos principais problemas de quem, a cada mês, é obrigado a pagar parcelas que comprometem boa parte do salário.

Para tentar atrair os clientes e oferecer certas facilidades no pagamento das dívidas, os bancos estão oferecendo uma série de benefícios, seguindo orientação do Governo Federal. A meta também é atrair investidores de menor renda. Um dos atrativos é o corte nos juros e o aumento no prazo para pagamento da dívida.
O resultado dessa união é parcelas menores e um maior prazo para pagamento, facilitando com que o trabalhador possa “respirar” e, quem sabe, fazer novos investimentos, iniciando uma nova fase.

O Banco do Brasil, por exemplo, está apostando em uma linha específica de crédito que, na prática, permite que o cliente que fez um empréstimo em outro banco pague a dívida e faça um refinanciamento com juros mais baixos e maior prazo para pagamento.

Para tanto, o BB criou o programa “Bom Pra Todos”, um novo conceito em relacionamento com os clientes, que associa a redução das taxas de juros e assessoria financeira, estimulando toda a cadeia de produção e consumo de economia.

A intenção é atrair o público através da portabilidade. Na prática, isso significa que o cliente que optar por receber seu salário no Banco do Brasil, em contrapartida tem sua dívida com o banco antigo quitado, com a opção de fazer um novo financiamento, agora com juros bem menores e um prazo maior para pagamento.

Seguindo o mesmo caminho, a Caixa Econômica Federal também decidiu reduzir as taxas de juros de suas operações de crédito, através do programa “Caixa Melhor Crédito”, que visa à democratização do acesso ao crédito para as famílias brasileiras e melhores condições de financiamento para as empresas.

A medida dos dois bancos públicos pressionou para que os bancos privados seguissem o mesmo caminho. HSBC, Santander, Bradesco e Itaú também decidiram reduzir juros, tentando evitar a saída de clientes.

Tchê quer revisão das dívidas dos servidores
Preocupado com o que considera “exploração dos trabalhadores”, o segundo secretário da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), deputado Luiz Tchê (PDT), solicitou ao Governo do Estado informações sobre a quantidade de servidores que contraíram empréstimos junto aos bancos e instituições financeiras, bem como os juros cobrados.

A intenção, segundo ele, é fazer um estudo para analisar se os trabalhadores não estão sendo lesados pelos bancos. Para o parlamentar, alguns servidores estão sendo prejudicados, pagando bem mais do que deveriam para os bancos.

“Precisamos saber que tipo de negociação está sendo feita e de que forma podemos ajudar nossos servidores. Muitos chegam ao final do mês sem receber praticamente nada”, explica.


 Aumenta a procura de viagens para o exterior entre turistas acreanos

RUTEMBERG CRISPIM
As praias do Nordeste brasileiro já não são os destinos “queridinhos” dos acreanos. Apesar da recente alta do dólar, viajar para o exterior, principalmente para os Estados Unidos e para a Europa, está se tornando um sonho cada vez mais realizável e, claro, procurado por famílias e jovens da Capital.
Nova Iorque e Londres são alguns dos destinos procurados; bons pacotes incentivam a ida de quem sonha viajar para o exterior
Para se ter uma ideia, um pacote que inclui passagens ida e volta, com saída de Rio Branco para os Estados Unidos, com direito a hospedagem para um período de aproximadamente 10 dias, fica, em média, R$ 3,9 mil, por pessoa.

Esse preço é considerado bem abaixo do que o que seria pago por quem deseja conhecer o Nordeste, onde além das passagens caras, a hospedagem também representa um grande empecilho.

O empresário Rizomar Araújo, dono da empresa Rizzo Turismo, está no mercado há 15 anos. Ele conta que, nos últimos três anos, a procura por viagens para o exterior aumentou consideravelmente. “Só em 2010 fui mais de 10 vezes para Las Vegas e Los Angeles acompanhando grupos de acreanos. E todos querem voltar”, relata.

Para Rizomar, a tendência é que a procura aumente ainda mais. As ofertas oferecidas pelas agências de viagens, com muitas facilidades no pagamento dos pacotes, que inclui passagens, hospedagem e até receptivos (pessoas responsáveis por acompanhar os passageiros), chamam atenção.

Os passageiros são, na maioria, casais com ou sem filhos. Eles vão em busca de diversão, mas também de descanso e de fazer compras. “Para você ter uma ideia, muitas lojas americanas e da Europa já estão contratando funcionários que falam português. Isso mostra que não somente os acreanos, mas os brasileiros em geral, estão optando por passar férias no exterior”, relata.

Mas e o que mudou na vida dos acreanos? A valorização do real, além do novo momento das agências de viagens, que decidiram apostar nos pacotes para o exterior, oferecendo facilidades no pagamento e opções para quem quer conhecer outros países, foram fatores determinantes para incentivar este tipo de consumo.

Outro ponto interessante é que a procura não é somente no período de férias, mas praticamente em todos os meses. Rizzomar Araújo destaca que, no período considerado de baixa estação, a procura se mantém grande também.

“Estou com uma viagem próxima, programada para Las Vegas, com um grupo de 15 acreanos. Vamos sair aqui de Rio Branco no dia 29 de agosto. Esse é um período que não é de férias, mas, mesmo assim, temos uma excelente procura”, diz.

No período de férias, claro, a demanda cresce ainda mais. Para julho, as agências tem programado várias viagens para a Europa, Estados Unidos, Argentina e Peru, por exemplo. Empresas como a CVC também trabalham com pacotes para o exterior, oferecendo facilidade no pagamento e várias opções de turismo.

Comprar no exterior é um bom negócio
Conhecer as belezas de Las Vegas, Los Angeles, Miami, Nova York e ainda comprar produtos por um preço bem abaixo do oferecido no mercado brasileiro é um dos maiores atrativos para quem decide passar férias no exterior.

Imagine só: você pagar mais barato num pacote que inclui passagens e hospedagem em hotéis modernos e confortáveis, ter apoio de “receptivos” e ainda poder comprar roupas, perfumes e outros produtos por um preço bem acessível!

“Como disse, as lojas americanas e europeias estão, cada vez mais, preocupadas com os brasileiros. Facilmente encontramos vendedores que falam português. Chegando a um shopping, por exemplo, somos abordados pelos funcionários das lojas nos convidando para conhecer seus produtos, porque somos brasileiros. Isso é um bom diferencial”, destaca Rizzomar.

Falta de voos ainda é problema para agências de viagens
Entre os fatores que atrapalham o trabalho das agências de viagens e tornam um pacote para o exterior ou até mesmo para o Nordeste bem mais caro para os acreanos são os problemas no aeroporto de Rio Branco. Atualmente, três empresas aéreas oferecem voos para o Estado, num total de seis por dia.

O problema é que as aeronaves não podem seguir viagem com sua capacidade máxima de passageiros. “Com isso, temos muitas dificuldades. Pois, além de termos poucos voos, ainda temos dificuldades em conseguir passagens”, lamenta Rizzomar Araújo.

A expectativa é que, com a reforma da pista, as aeronaves possam operar com sua capacidade máxima, aumentando, assim, a oferta de passagens, o que pode representar também, a redução de preços.


 

ARTIGO

Pouco além

ITAAN ARRUDA*
Quando Raimundo Angelim assumiu a Prefeitura de Rio Branco há praticamente oito anos, duas situações se destacam na área da produção: a Secretaria Municipal de Agricultura estava extinta e Economia Solidária era um conceito que ninguém sabia qual era a diferença de um liquidificador.

Eis que novamente Rio Branco se vê diante de um novo quadro eleitoral. E novamente a produção agrícola já ensaia os primeiros passos rumo aos palanques. E se subir “de com força” é por pura inoperância oficial. Por um motivo simples: tornar fragilizado um dos setores em que mais se tem a comemorar só pode ser prova de inoperância.

Angelim reestruturou a agricultura no município. Só não vê quem não quer. Em oito anos, fez o que foi possível e qualificou a demanda em uma simbiose pouco comum com a agenda do Governo do Acre que perpassou pelas três gestões da Frente Popular (Jorge, Binho e, agora, Tião). O prefeito deve aceitar debate em todas as áreas de sua administração, mas se perder a discussão no setor agrícola… Dê-me a licença!

A criação da Ceasa é algo que deve ser cantado em verso e prosa. O projeto é resultado de um curso de Master in Business Administration (MBA) da Fundação Getúlio Vargas. Hoje, não se concebe a comercialização de produtos hortifrutigranjeiros em Rio Branco sem a companhia de abastecimento.

Dirigida anteriormente por Sérgio Lopes e atualmente conduzida por Paulo Brana, a Ceasa tem criado possibilidades que não passaram despercebidas por muitos agricultores. Há alguns deles que têm renda muito acima da média só com a venda de hortaliças viabilizadas a partir da Companhia de Abastecimento.

Os analistas políticos de barranco são crentes de que ironizam com refino ao chamar isso de “economia do cheiro verde”. Não há problema. Tudo pode render dinheiro. Inclusive cheiro verde. Mogi das Cruzes que o diga. Isso aqui é o Acre! Tudo é mais difícil mesmo! Não se está nas imediações de Frankfurt, nem Londres e tampouco de Paris! Aqui é Rio Branco! Tudo é conquistado na unha e com dente rangendo!

A Ceasa interveio no preço e na dinâmica de distribuição de produtos agrícolas. Se não acabou, ao menos diminuiu sensivelmente a promiscuidade que havia na comercialização no Mercado Elias Mansour (Mercado Novo). Associada às vendas de subida de barranco, havia trabalho infantil, prostituição, alcoolismo. Se hoje esses problemas ainda existem no local, é evidente que são em menores proporções.

A acolhida que a Secretaria de Agricultura e Florestas deu ao produtor ribeirinho nesse período é algo sem referência na gestão do município. Durante a enchente do início do ano, o efeito midiático do Ministério da Integração Nacional não teve nenhum efeito para os agricultores do Rio Acre abaixo. Não fosse o trabalho coordenado por Mário Jorge Fadell, em parceria com o Governo do Acre, é possível que a situação estivesse muito pior ainda hoje.

Atualmente, o trabalho liderado por Angelim na área agrícola pressionou pela qualificação de outro setor: a Economia Solidária. A cultura do associativismo e do cooperativismo no Acre é capenga e desqualificada? Sim, é. Assim como é o sindicalismo, jornalismo e tantos outros ismos.

Mas, o fato é que, na Prefeitura de Rio Branco, foi com Angelim que a Economia Solidária conquistou espaço na agenda pública. Hoje, tem-se uma lei que regulamenta o setor e espaços organizados para exposição de produtos.

Certamente, haverá candidatos a prefeito querendo vender a ideia de descoberta de uma roda quadrada: de propor o óbvio de uma maneira pseudo inovadora. O fato é que, ao menos no curto prazo (frise-se: no curto prazo) o próximo prefeito de Rio Branco fará pouco além do que tem sido feito no setor agrícola nos últimos oito anos.

É óbvio (frise-se novamente: é óbvio) que o setor precisa melhorar em várias frentes de serviço: qualificação do setor agrícola, mudança de cultura do produtor, agregação de tecnologia ao processo produtivo, conquistas de mercados além de Rio Branco com evidentes potenciais de consumo de produtos daqui. A lista é extensa.

O desafio é cumpri-la com orçamento apertado; torneiras fechadas do Governo Federal; ausência de cultura empreendedora no meio rural. Quem prometer solução fácil para o setor agrícola é bom o eleitor desconfiar: pode não entender do assunto.

*Itaan Arruda é jornalista.


 Antecipação do 13º salário injetará R$ 90 milhões na economia neste segundo semestre

 RUTEMBERG CRISPIM
Servidores públicos estaduais podem antecipar até 70% do 13º salário já a partir de agosto. A novidade foi anun-ciada pelo Governo do Estado e deve injetar cerca de R$ 90 milhões até novembro no mercado local.
Comerciantes estão otimistas e esperam melhorar as vendas já no próximo mês de agosto
A boa notícia animou os comerciantes, que esperam melhorar as vendas já em agosto, um mês considerado fraco para o comércio, mesmo com o Dia dos Pais. Alguns pensam, inclusive, em fazer promoções.

“Agosto é um mês que, mesmo com o Dia dos Pais, temos um movimento que pode ser considerado fraco. Com essa novidade, esperamos que os servidores possam antecipar o salário para melhorar a circulação de dinheiro no mercado”, comemora o comerciante Jorge Ferreira.

A cada ano, só com o pagamento do 13º salário, o Governo do Estado coloca em circulação cerca de R$ 130 milhões. A partir de agosto, estarão à disposição dos servidores, mais de R$ 90 milhões, que podem ser antecipados até novembro.

Para ter direito a receber os 70% do 13º antes de dezembro, os servidores públicos devem solicitar a vantagem junto ao Departamento Pessoal dos órgãos aos quais são vinculados, que ficará responsável pelo repasse da demanda ao Governo do Estado.

Alguns comerciantes não temem prejuízos em dezembro. É que além do 13º salário, os servidores também recebem o salário normal do mês, garantindo, assim, um aquecimento na economia com o aumento das vendas.

“Dezembro é um mês onde as pessoas precisam comprar e compram, tanto para presentear como para si próprio. Então, se melhorar a circulação de dinheiro no mercado nos próximos meses, certamente vai ser muito bom. Estamos otimistas”, disse Ferreira.
Leandro Domingos: “consumidor voltará a comprar”
Fecomércio diz que medida ajuda a aquecer mercado interno
Fecomércio diz que medida ajuda a aquecer mercado interno
Para o presidente da Federação do Comércio do Acre (Fecomércio), Leandro Domingos, a liberação antecipada do 13º salário tem pontos muitos positivos. Primeiro, com reflexo imediato no movimento do comércio varejista, hoje já vivendo um razoável momento de crescimento. Outro ponto positivo refere-se à provável redução do nível de inadimplência por parte do consumidor que, endividado, não tem recursos para solver seus compromissos e que, de certo, usará parte do 13º salário para quitar seus débitos.

“Com a redução da inadimplência, o consumidor voltará a comprar, o crédito passará a fluir normalmente e com provável redução na taxa de juros, já que os juros estão diretamente ligados ao retorno dos créditos aos bancos”, explica Domingos.

Ele afirma que a antecipação do 13º não trará prejuízos para as vendas do comércio em dezembro, pois, com as festas de final de ano, naturalmente as vendas aumentam. “O Natal é um momento festivo e de grande euforia por parte dos consumidores. É momento de dar presentes. É momento de festa e as pessoas usarão seus créditos para presentear seus familiares e amigos”, afirma ele.

Para Leandro Domingos, as ofertas oferecidas pelo comércio local, durante o mês de dezembro, com muitas facilidades, serão fundamentais para manter o mesmo volume de vendas. Ele lembra ainda que a medida do Governo Federal em reduzir juros tem sido fundamental para garantir o aquecimento do comércio brasileiro.

“É preciso disciplina”, alerta economista
Para o economista Anderson Mariano, antes de decidir se vai antecipar o 13º salário, o servidor deve fazer uma análise criteriosa. Ele lembra que o benefício é utilizado muitas vezes para o pagamento de contas consideradas extras de final e início de ano.

O economista alerta para um detalhe que pode ser fundamental: a utilização do dinheiro. Para Mariano, se o recurso for utilizado, por exemplo, para pagamento de contas que tenham juros é uma boa alternativa a antecipação.

Mas, caso o servidor decida antecipar sem ter um objetivo que seja o pagamento de contas ou compra de algo urgente, o melhor mesmo é esperar para receber o 13º em dezembro, evitando assim problemas no futuro.

“É preciso muita disciplina. Temos sempre que lembrar que, em dezembro e janeiro, por exemplo, surgem as contas que não são comuns e utilizamos o 13º justamente para o pagamento delas. Não podemos correr o risco de chegar dezembro com contas e sem o dinheiro para pagá-las. Isso pode trazer prejuízos, com a pessoa iniciando o ano já com dívidas”, explica.

Anderson Mariano lembra que o melhor é ter muita disciplina. Para ele, não adianta se precipitar. O melhor é colocar as contas da ponta do lápis e tomar a uma decisão evitando sempre adquirir novas contas.

“Não podemos esquecer de contas como IPTU, IPVA, mensalidade e material escolar, festas de dezembro e outras. É preciso muita disciplina. O ideal é que quem optar pela antecipação esteja certo do que vai fazer”, disse.


 

NOTAS ECONÔMICAS

Encontro da Indústria
“Política industrial: fomento à produção e mudança no padrão da economia do Acre”. Com esse tema, o governador Tião Viana fará palestra na abertura do I Encontro da Indústria. Ao menos é o que está programado.

Dia 19
O encontro será realizado na sede da Fieac e celebra o Dia da Indústria. Os convidados especiais são os representantes da Confederação Nacional da Indústria e o presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo, Marcos Guerra.

Menos I
É preciso ter um pouco de cautela e abaixar a ansiedade em relação a algumas propostas na área econômica. Uma delas, que certamente será tema de discussão no Dia da Indústria, é a ZPE. A proposta é boa, tem fundamento e, agora, parte das decisões está com a iniciativa privada.

Menos II
O que competia ao Governo do Estado fazer foi feito. Não é por um detalhe ou outro pendente que chaminés não estão fumegando e indústrias empregando. É o tempo de análise, de estudo que, às vezes, demora mesmo. Tome-se como exemplo, o Grupo Gloria, do Peru. Há quase dois anos faz sondagem por aqui. É assim.

Valor
Em tempos bicudos, o dinheiro está muito caro: muito valorizado. É preciso saber onde e como investir. A iniciativa privada sabe o valor do planejamento para calcular riscos. O que não pode é emissora de tevê local colocar a população fazendo cobranças descabidas e sem fundamento sobre a ZPE. E, o pior: sem ouvir os responsáveis pelo projeto.

Balela
Quando o assunto é “integração”, a retórica funciona quase no automático. Tanto no Governo, quanto na iniciativa privada (principalmente). Mas, quando é para apoiar ações concretas…

Santo de casa…
O festival de cinema Pachamama ganhou notoriedade e respeitabilidade tanto na Bolívia quanto no Peru. De 15 a 19 de maio, organizadores do Pacha participaram de encontro na Bolívia com equipes dos principais festivais do circuito latino, incluindo o rigoroso e restrito Chile.

… não faz milagres?
Ocorre que a iniciativa privada acrea-na ainda não entendeu a importância do Pacha. E os organizadores temem que um projeto que conquistou, em pouco tempo, espaços importantes fora do Acre, não encontre eco aqui dentro.

Além
Na edição passada, o apoio do Governo do Acre foi fundamental. Sem ele, o encontro não teria sido possível. Mas, os próprios organizadores sabem que o festival tem que crescer para além das burras oficiais. Decidido isto, só há outro varadouro possível: as empresas. E, aí, é preciso ir além da retórica.

Irresponsabilidade
Lei Rouanet, sem articulação política, sabe-se que fica muito mais difícil. Lei Municipal, infelizmente, tem poucos recursos. Deixar morrer o Pachamama_Cinema de Fronteira beira a irresponsabilidade.

Shopping
Situação dos lojistas do Via Verde Shopping não anda nada boa. Com exceção do movimento do cinema e da praça de alimentação, a reclamação é geral: de segunda a quinta, dá para contar nos dedos o número de clientes que frequentam as lojas. Alguns já começaram a abandonar o barco. Outros com mais persistência e cacife para bancar os empreendimentos por mais tempo permanecem nas tentativas de atrair o público, mas já deixam escapar o arrependimento de ter investido no negócio.

Shopping II
Uma queixa comum é a falta de diálogo com a administração do Via Verde. Os lojistas reclamam de taxas abusivas e buscam renegociar dívidas e valores de aluguéis. Mas, segundo a maioria, a administração não se mostra sensível aos problemas decorrentes da realidade econômica local.

Shopping III
Se, por um lado, os empresários têm suas razões de reclamar, por outro, sabemos, amargam os resultados do próprio mau planejamento. Como já bem disse o diretor do Grupo LGR, Dorival Regini, um dos administradores do shopping, o empreendimento precisa de um tempo de maturação de pelo menos dois anos. E muita gente não se planejou para tanto. Não é à toa: só sobrevivem os fortes.

Confecções
De modo geral, lojistas do ramo de confecções andam preocupados com a queda de movimento e os consequentes prejuízos, nos últimos meses. De dois anos para cá, muitas lojas apareceram na cidade. O aumento da concorrência facilitou a vida do consumidor, que ganhou mais opção de produto e preços, mas, do outro lado, pulverizou o consumo. Lojas tradicionais sentiram o baque e estão suando dobrado para atrair os velhos e bons clientes.

Sem fundos I
O 1º semestre deste ano provou que o brasileiro está perdendo o controle das suas dívidas. De acordo com o levantamento mensal do Serasa Experian divulgado, na última semana, o volume de cheques sem fundo nos primeiros seis meses do ano superou a marca dos 9,4 milhões, o maior valor semestral desde 2009. E, o que já não é mais novidade, o Acre se manteve no topo desta lista de ‘cheques voadores’, mais precisamente em 2º lugar.

Sem fundos II
O Acre teve pouco mais de 750 mil cheques devolvidos nos primeiros seis meses deste ano, o que representam um percentual de 11,99% do total de cheques emitidos no Estado durante tal período. À frente, ficou apenas o Estado de Roraima, com um percentual de 15% do seu total de cheques.

Imprudência
De acordo com especialistas em economia do Serasa, o que levou a este alto índice de cheques sem fundo em todo Brasil foi a imprudência ao contrair dívidas sem conseguir pagá-las depois. O brasileiro, de modo geral, conquistou um poder aquisitivo mais alto nos últimos anos e não conseguiu conciliar este seu faturamento maior com o controle das suas compras com cheques pré-datados.

Categories: Acre Economia
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