A se confirmar essas denúncias que partidos políticos teriam montado esquema para espionar adversários e o governo, a política no Acre descamba para práticas criminosas e hediondas que remontam os tempos da ditadura. Por isso, seus mentores e autores devem ser denunciados e responder judicialmente.
Segundo nota divulgada pelo secretário de Segurança Pública, Ildor Reni Graebner, “um grupo teria se utilizado de práticas criminosas para espionar o governo”, o qual, de imediato, solicitou investigações à Secretaria de Segurança Pública, à Polícia Federal e ao Ministério Público Estadual.
O fato repercutiu ontem com intensidade na Assembleia Legislativa e a sociedade espera e exige que seja revelado em toda a sua extensão e apurado, com rigor, pelas instâncias já acionadas.
Em um Estado Democrático de Direito nada mais condenável e pernicioso do que a espionagem ou “arapongagem”, porque viola e agride os mais elementares direito da pessoa humana em sua privacidade e no direito de exercer com liberdade suas atividades.
Partidos políticos ou grupos a eles ligados que recorrem a escutas telefônicas ou outros recursos, sem autorização, agem como mafiosos, bandidos da pior espécie e não podem ser tolerados no convívio democrático, onde devem prevalecer as ideias e, sobretudo, o respeito à legislação.