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Surrealista

Perto de completar três meses de greve, a Universidade Federal do Acre chegou a uma situação crítica, até surrealista, de ter que adiar a eleição para reitor justamente porque os professores estão em greve.

Tudo ou quase tudo já se disse sobre essa greve que teve dia para começar e não tem para acabar. Segundo as lideranças do movimento, o governo não cumpriu com os acordos firmados e não atendeu as reivindicações que a categoria está fazendo.

O governo, de sua parte, garante que os acordos foram cumpridos e apresentou uma proposta de reajuste salarial considerada satisfatória. Além disso, pressionado pela crise econômica, alega que não tem condições de ir além do que foi apresentado.

Tudo isso já se sabe. O impasse continua e as universidades já admitem que o  ano letivo está irremediavelmente perdido. Ou pelo menos terão que refazer todo o calendário.

Evidentemente que esta situação não pode perdurar por mais tempo ou indefinidamente porque a vida, o futuro de milhares de estudantes estão em jogo e a sociedade não pode continuar custeando um cabo-de-guerra com o dinheiro dos seus impostos.

Em nenhum país sério, que tem apreço à educação e a formação, um movimento grevista perduraria por tantos meses. Trata-se de uma situação inaceitável, que já extrapolou o bom senso e precisa ser resolvida.

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