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Tribuna não é escarradeira

Vale repetir: por conta de alguns destemperados, a política neste Estado começa a descambar para níveis inomináveis, levando a sociedade ainda mais a solidificar seu conceito de que se trata de uma atividade suja, contaminada por todo o tipo de vícios.

O que se assistiu anteontem na sessão da Assembleia é um exemplo claro dessa assertiva. No debate que se travou sobre uma denúncia séria, grave, um deputado, já conhecido por seus destemperos, na falta de argumentos, puxou da cintura, como se fosse um revólver, uma peixeira, adjetivos chulos contra autoridades do Estado, entre elas o governador e o secretário de Segurança.

Dirão alguns, que também se nutrem dessas baixarias, que no parlamento tudo é permitido. Não é bem assim. É permitido o debate, o contraditório e, sobretudo, a apresentação de leis e propostas para resolver os problemas da população. É para isso que foram eleitos e são regiamente remunerados.

O que alguns parlamentares não podem fazer é extravazar seus instintos animalescos, sua má educação e formação, transformando a tribuna numa escarradeira, onde podem cuspir todo tipo de afrontas e sandices. De longe a imunidade parlamentar garante esse tipo de irresponsabilidade e permissividade e têm razão os que se sentem ofendidos em recorrer às instâncias jurídicas para buscar a reparação da honra.  
 

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