Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Uma grande galhofa

A Justiça Eleitoral deve julgar nos próximos dias os processos de impugnações de candidaturas interpostos pelo Ministério Público Eleitoral. A sociedade espera que os magistrados sejam isentos, mas também rigorosos na apreciação e votação desses processos, alguns deles notórios de candidatos que já têm contas a prestar na Justiça por crimes cometidos em eleições passadas e que ainda estão pendentes em instâncias superiores.

Sabe-se que por força de uma legislação eleitoral casuística e, por vezes, espúria, feita na medida para proteger corruptos, a Justiça Eleitoral tem sérias limitações para impor as devidas penalidades, sobretudo, em primeira instância.

Contudo, precisa agir com rigor para dar uma resposta à sociedade que se vê agredida e até mesmo achincalhada diante de tantos desmandos  e impunidades. Como aceitar, por exemplo, que uma candidata que já foi flagrada e condenada por abuso de poder econômico na eleição passada se apresente de novo como candidata a cargo majoritário sem ao menos ter sido julgada pelos crimes anteriores? Que lógica existe nisso? Que legislação e Justiça são essas?

Mesmo, como se disse, com a frouxidão dessa legislação falha, ainda assim a sociedade espera que os magistrados do TRE sejam rigorosos em suas decisões a fim de que não prospere a impunidade. Ou tudo se transforma num faz-de-conta, até mesmo numa grande galhofa.

Sair da versão mobile