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Único culpado

Com o pico do “verão amazônico”, o nível do Rio Acre já desceu a pouco mais de um metro e surgem as previsões de sempre que poderá ocorrer colapso no abastecimento d’água na Capital do Estado e algumas cidades do interior que dependem do seu manancial.

Ao buscar as verdadeiras causas, a tendência sempre é divagar sobre os chamados fenômenos climáticos, que têm lá sua contribuição, sim, mas não se pode ignorar que a causa principal está no mau uso que o homem, a população de modo geral, e as próprias administrações públicas fazem do rio.

O que se observa é que, no decorrer dos anos, o grau de deterioração do rio é cada vez maior, provocado, sobretudo, pelo desmatamento em suas margens, a ocupação desordenada de suas encostas  e por tipo de poluição que é jogado em seu leito.

Os fenômenos climáticos podem até existir, mas, fundamentalmente, são essas as principais causas do assoreamento do rio que, no “verão” provocam a seca e, no “inverno”, as alagações, como se assistiu no começo do ano.

Dessa responsabilidade ninguém pode se eximir ou fugir. Se houver, como se prenuncia, colapso no abastecimento d’água das cidades no entorno do rio o responsável maior é quem desmata suas margens e o polui com todo tipo de porcaria. Evitar, portanto, o desabastecimento só depende da mudança de mentalidade e atitude no tratamento e cuidados com o manancial. O resto é devaneio.

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