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Prática vergonhosa

Fatos como os divulgados ontem por este jornal de cabos eleitorais presos distribuindo combustíveis, alimentos, roupas e até dinheiro a eleitores nesta reta final de campanha devem aparecer com mais frequência, numa demonstração clara de que muitos políticos ainda não se conscientizaram sobre  o significado do voto, de uma eleição e insistem em conspurcá-los.

Por mais campanhas de conscientização que se vem fazendo eleição pós eleição, esses maus políticos continuam achando que voto é uma mercadoria como qualquer outra que se pode comprar. E o que é mais grave, explorando a boa-fé e a miséria de uma parte da população que eles, em grande parte, são os principais responsáveis por essa situação.

Evidentemente que diante desses casos, a Justiça Eleitoral não pode permanecer passiva e omissa. Tem mais é que acionar os mecanismos de fiscalização para coibir essa prática vergonhosa e delituosa que afronta os mais elementares princípios da cidadania.

Contudo, não basta apenas fiscalizar ou mesmo prender os chamados cabos eleitorais. É preciso que essa fiscalização se estenda, sobretudo, àqueles que patrocinam e financiam o derrame desses favores, não importa a posição ou cargo que exerçam.

É bem verdade que a legislação eleitoral deste país ainda é falha, abrindo todo tipo de facilidades e prazos para os corruptos se defenderem, indefinidamente. Contudo, é preciso insistir na fiscalização e na denúncia dessa prática vergonhosa da compra de votos, do cabresto e do coronelismo. Pelo menos, serão expostos à execração pública.

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