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Casos notórios

Alguns candidatos a prefeitos e vereadores eleitos deveriam ser mais comedidos em suas comemorações. Como o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Pedro Ranzi, alertou o quadro dos eleitos pode mudar, considerando que vários candidatos ainda serão julgados por crimes eleitorais cometidos ao longo da campanha e outros por estarem enquadrados na chamada Lei Ficha Limpa.

Fruto de uma forte e legítima aspiração da sociedade brasileira, a Lei da Ficha Limpa, depois de controvérsias geradas dentro do próprio Poder Judiciário, enfim, entrou em vigor nessas eleições e como tal deve ser cumprida.
O que se observa em vários casos é que operadores da própria Justiça não são suficientemente claros e, sobretudo, rigorosos na aplicação dessa lei, permitindo que candidatos, já condenados por vários crimes, usem de todo o tipo de expedientes para burlá-la e continuam se candidatando e até mesmo vencendo eleições.

Aqui no Acre mesmo há alguns casos notórios, como de um prefeito do interior e de uma candidata – esta, pelo menos, derrotada nas urnas – que ainda não foi julgada em última instância pelos crimes cometidos na eleição passada, mas mesmo assim concorreu, como se não devesse nada à Justiça.

A sociedade não tolera mais tanta permissividade e leniência e espera e exige que desta vez se aplique o rigor da lei.

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