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Voto com droga?

A polícia precisa ir fundo e até às últimas consequências nas investigações desse caso da apreensão de mais de R$ 100 mil em um veículo do prefeito reeleito de Senador Guiomard. Pelas primeiras informações divulgadas ontem, os envolvidos detidos e as versões contraditórias apresentadas apontam para uma mistura incestuosa e criminosa de voto com droga.

Por presunção de inocência, até admite-se que o prefeito, pessoalmente, não tenha envolvimento direto com o caso. No entanto, terá que dar explicações convincentes à polícia, à Justiça e à sociedade.  

Como se constatou, o dinheiro apreendido e material de campanha estavam escondidos em carro de sua propriedade. Ora, ninguém empresta um veículo para o transporte de mais de R$ 100 mil, de procedência não declarada, como à pessoas que já foram inclusive presas por envolvi-mento com o tráfico de drogas.

Por essas e outras circunstâncias é que se trata de um caso grave, que precisa ser investigado com todo o rigor pela polícia e, no caso, inclusive pela Polícia Federal, já que surgiram também informações de que o dinheiro apreendido poderia ser “sobra” de campanha eleitoral, considerando a reeleição do prefeito no último domingo.

Neste estado já houve precedente de candidato trocar voto por marmitas recheadas de cocaína. Por isso mesmo, exige-se o rigor na apuração para que esta prática criminosa não prospere.

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