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Tédio e aborrecimento

A Gazeta do Acre por A Gazeta do Acre
17/11/2012 - 03:12
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Desde 5ª feira estamos vivendo mais um feriadão, favorecido pela data de 15 de novembro, ponto facultativo, Tratado de Petrópolis, etc., em que pouquíssimas pessoas real-mente estão tendo o usufruto de uma meditação interior como remédio para a pressa, o estresse e a secularidade da vida moderna, ou mesmo de um entretenimento (lazer) salutar junto a familiares e amigos. Os resultados oriundos desses feriados prolongados são os mesmos de sempre e, esmiuçar a obviedade desses acontecimentos soaria como redundância. Os acidentes automobilísticos, uma tônica do dia a dia, nos grandes centros urbanos, crescem de maneira absurda e se somam as demais terríveis mazelas sociais. O que torna óbvia a assertiva de que muitas pessoas não estão sabendo tirar proveito da folga de suas atividades profissionais, em benefício da vida e do bem-estar social. Isto é, muitos não sabem utilizar o lazer de modo construtivo. Em muitos aspectos somos uma sociedade que perdeu o significado e a arte do verdadeiro lazer. Então, já no segundo dia desses intermináveis feriadões, dá aquele tédio que termina num aborrecimento generalizado.

Arnold Toynbee (1889-1975), no passado, já antevia esse desastre: Acredito, dizia ele, que a questão essencial consiste em saber o que as pessoas farão com o seu tempo de folga. A grande maioria de nosso povo, alerta o eminente historiador, não está emocional e ou psicologicamente pronta para dispor de tempo livre. Passam quase o tempo todo vendo televisão ou disputando jogos eletrônicos.  O alerta, em outras palavras, se consuma nos dias atuais em que são visíveis as mazelas oriundas de mentes e corpos ociosos. Hoje, mais do que na época de Toynbee, o crescimento rápido do entretenimento despudorado produz mais crimes, mais destruição de lares, mais problemas psicológicos do que poderíamos imaginar. Nas últimas décadas, o caráter coletivo, a ética e a consciência pública das pessoas têm sido desgastados cada vez mais pela mídia pública e a indústria do entretenimento.

Não podemos negar que o povo em geral só é refém dessa “cultura de entretenimento” definida como mercadoria empacotada, única e exclusivamente pela ausência de oportunidades no campo: da educação; da mão-de-obra especializada; do emprego fixo e de salários dignos, para não citar outras injustiças so-ciais. Em função disso, já é possível ver o potencial de crime entre nós, ao examinarmos o vandalismo, o banditismo da juventude desocupada, nos quadrantes da cidade de Rio Branco, por exemplo.

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Outra reflexão sobre o assunto é que a aparente conquista por melhores salários e menor carga horária de trabalho, conseguida através de décadas de luta, por milhões de pessoas no mundo inteiro, visando um bom lazer, tempo para a família etc., começa a ruir em função da má utilização do tempo disponível.  Muitos não encaram isso como um problema, mas os psicólogos, psiquiatras e sociólogos estão começando a compreender que a questão poderá ser o principal problema psicológico das futuras gerações. Se tais previsões vierem a efetivar-se na prática, a vida logo se tornará, virtualmente, uma sequência só de divertimento sem qualquer trabalho. Que faremos, então, com todo esse tempo disponível? Alguns têm proposto que devemos repensar a natureza e o propósito das férias. Outros acreditam que devíamos olhar as “folgas” como oportunidade para descanso e renovação genuínos e, assim, como meios para restringir a “impulsão” individual e da sociedade engendrada por uma ética de trabalho que se tornou imprópria A propósito de “compulsão” e “impul-são” ao trabalho, a professora Gayle Porter, uma das maiores autoridades em compulsão ao trabalho  “workaholism”  do mundo, diz que: “Os executivos de hoje até aceitam a ideia de que existe mais que trabalho na vida. No entanto, na maioria dos países desenvolvidos, o padrão ainda é o de mais e mais horas gastas no emprego. E ele tem aumentado em relação às décadas passadas”.

A tendência é confirmada pelos números da pesquisa Datafo-lha, em dias idos: 62% dos brasileiros entrevistados afirmam trabalhar dez horas ou mais por dia, e 76%, mais de oito horas diárias. Só metade (55%) tira férias todo ano e, quando o faz, a maioria (69%) fica só 15 dias ou menos afastada da empresa.

Parece que, pelo menos para os executivos, a máxima de Carlyle, “Uma vida fácil não é para homem algum, ou para deus algum” está de volta!
 Contudo, o melhor conselho é ainda o de Shakespeare: “Se todos os anos fossem de férias, divertir-se passaria a ser tão aborrecido quanto trabalhar”.

E-mail: [email protected]

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