Em boa hora, a Secretaria de Segurança e órgãos de assistência social estão anunciando a retirada das ruas de usuários de crack e outras drogas como parte do programa nacional denominado “Crack, é possível vencer”. Trata-se de uma operação delicada e por isso mesmo precisa contar também com a compreensão e colaboração da sociedade.
Feitas as devidas ressalvas de que os usuários serão tratados “como doentes e não como criminosos”, é preciso, contudo, firmeza e determinação para evitar os mesmos erros e problemas que outros centros urbanos estão enfrentando.
Por não terem agido no tempo devido e por desvios de análises do problema, o que se oberva quase diariamente pelo noticiário é que algumas metrópoles, como Rio e São Paulo, não estão conseguindo lidar com o grave problema das chamadas “Crackolândias”.
Como o uso dessas drogas tornou-se uma verdadeira epidemia nacional, aqui também já começa a se manifestar, mas ainda é tempo de contorná-lo, combinando ações de repressão ao tráfico com o acompanhamento e tratamento adequado aos usuários.
Uma ação depende da outra para o êxito desse programa e a sociedade precisa também fazer a sua parte, apoiando com a mesma firmeza e determinação. Compreensão e o tratamento devido aos usuá-rios, as vítimas sim; tolerância com o tráfico e seus agentes não. Não há outra fórmula.