Quando se comemora mais um aniversário do Tratado de Petrópolis é sempre recomendável uma reflexão sobre os destinos deste Estado que se tornou brasileiro pela luta e pela opção de seu povo, mesmo sem o apoio necessário e até mesmo o consentimento do Poder Central.
E quando se fala em destinos é porque ainda há muito o que fazer, parafraseando o próprio líder da Revolução Acreana, Plácido de Castro. A começar pela sua afirmação política e econômica e reconhecimento no contexto da Federação.
Mesmo que nos últimos anos, o Acre tenha se projetado e até mesmo se fazendo respeitar lá fora pela opção correta que fez pelo desenvolvimento sustentável, não tem ainda recebido a devida contrapartida da União.
Agora mesmo, um dos políticos do Estado, o senador Jorge Viana, se queixa que a Amazônia “não tem endereço” em Brasília. Ou seja, apesar de já ter contribuído e muito para o país e continua contribuindo como uma região estratégica, os poderes da República continuam a ignorá-la quando se trata da redistribuição dos recursos da União.
Basta observar o estrangulamento que o Estado e a região vêm sofrendo no fornecimento de energia elétrica, a construção da ponte sobre o Rio Madeira, indispensável para a integração rodoviária com o Centro-Sul do país.
Por isso mesmo a necessidade de seus governantes, sua classe política e a sociedade continuarem lutando pela autoafirmação deste Estado, fazendo-se respeitar pelo muito que já fez.