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Sem transigir

Mesmo assegurando o amplo direito de defesa, não há, entretanto, como contemporizar nem transigir sobre esses crimes de exploração sexual e, em alguns casos, até de pedofilia, pelos quais vêm sendo presos alguns acusados, entre eles, pessoas conhecidas e ocupando cargos de destaque na sociedade, como o presidente da Federação da Agricultura do Estado, entre outros.

Como a polícia e o Ministério Público caracterizaram, através de ampla e bem fundamentada investigação, trata-se de uma rede de exploração sexual, com os chamados aliciadores, que já foram presos, os aliciados e por último quem se beneficiava dessa exploração.

Não se trata, portanto, de casos isolados nem de simples prostituição, o que também já seria condenável, mas de uma rede, uma organização criminosa, na qual as vítimas vendiam seus corpos para sobreviver e desse comércio se beneficiavam seus agenciadores.

Uma sociedade civilizada, por mais liberal que seja, não pode conviver e tolerar este tipo de exploração, sobretudo, quando se sabe, que as vítimas são, geralmente, garotas, muitas ainda menores, obrigadas a vender seus corpos como forma de sobrevivência ao invés de estarem estudando, se formando para a vida.

Como se sabe, também, que no rastro dessas redes de exploração sexual vem tudo o que não presta: o tráfico e consumo de drogas, a violência, a dissolução de famílias e até tráfico internacional de mulheres. Não dá para transigir.

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