Embora duvidoso em sua eficácia, é válido esse movimento de governadores e prefeitos para derrubar o veto da presidenta Dilma Rousseff à distribuição dos benefícios dos royallties do petróleo a todos os estados e municípios da federação. Movimento que deve ser apoiado também pela sociedade.
Se há argumentos fortes do lado dos estados e municípios produtores, que levaram a presidente a vetar matéria aprovada pelo Congresso Nacional, há igualmente argumentos fortes do lado dos estados e municípios excluídos dos milionários repasses dos quais apenas três, quatro estados estão se locupletando, a rigor, apenas por uma questão de localização geográfica.
No caso dos estados da Amazônia, por exemplo, pode-se argumentar, com toda a razão, que pagam um alto preço por serem obrigados a preservar suas florestas, beneficiando não só o país como o planeta, com a preservação ambiental, sem cobrar nada em troca.
E um argumento mais forte ainda é de que vários estados da mesma região estão abrindo mão de grandes extensões de seus territórios para a instalação de grandes usinas hidrelétricas, que beneficiarão todo o país, sem também cobrar praticamente nada em troca.
Esta é uma boa hora e oportunidade para não só a classe política, mas a sociedade levantar a voz e cobrar uma distribuição mais justa desses benefícios.