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Cobertor curto

O debate sobre os orçamentos do Estado e da Prefeitura para o próximo ano é necessário e deve ser incentivado, mas é preciso que representantes de alguns órgãos públicos e instituições se deem conta que o país passa por uma crise econômico-financeira, com graves reflexos sobre os estados e municípios.

Ao fazer suas exigências, tentando aumentar seus valores nas peças orçamentárias, precisam cair na realidade e atentar para o que os economistas, usando uma figura de linguagem, chamam de “cobertor curto”. Ou seja, a disponibilidade de recursos é limitada, não pode ser esticada e cada qual deverá renunciar um pouco para que sejam distribuídos de forma equitativa.

O que surpreende, aliás, é que as reclamações mais veementes estejam partindo de algumas instituições que já estão usufruindo de percentuais expressivos, privilegiados mesmo se comparados com outros setores da administração pública. Quem sabe se fizessem uma revisão e uma partilha – aí sim mais justa – dos vencimentos que seus dirigentes recebem, por certo sobraria mais para investimentos.

Fato é que o Estado e o Município têm necessidades mais urgentes e constitucionais que precisam dar conta, como a Saúde e Segurança Públicas, a Educação, a infra-estrutura e não podem sacrificá-las para privilegiar algumas poucas instituições com salários inclusive acima do teto constitucional.

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