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Não é ficção

Quando se diz que a crise econômico-financeira não é ficção é porque não é. Ela existe e seus reflexos se fazem sentir em todos os setores da atividade econômica, inclusive e, sobretudo, sobre as contas públicas. É o caso dos estados e municípios que ao longo deste ano tiveram cortes significativos nos repasses constitucionais do FPE e FPM.

Quando o Governo do Estado anuncia que irá pagar o 13º salário após o Natal não há nada de surpreendente ou catastrófico nisso. Nem há motivo para se fazer alardes ou explorações políticas indevidas. É um dos reflexos dessa crise com a qual é preciso conviver e saber encontrar saídas para superá-la.

Pior seria se não houvesse recursos nem antes nem depois do Natal e os servidores públicos ficassem privados desse ganho. A questão é que neste Estado ainda perdura a mentalidade do empreguismo público ou do paternalismo, inclusive em segmentos ditos progressistas, para aos quais o Governo deve prever e prover tudo.  

Fato é que, apesar desse atraso de alguns dias, este Estado ainda pode se considerar privilegiado por ter como pagar seus servidores. Outros não estão em situação tão confortável e terão dificuldades para fazê-lo.
Evidentemente que nessa situação delicada, de crise, se exige dos administradores públicos a devida responsabilidade para gerir com rigor as contas públicas, sem gastos supérfluos.

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