O convite para a participação de Luísa Lessa (pós-doutora em lexicologia e lexicografia pela Université de Montreal) nos dois livros partiu da professora Beatriz Scavazza, coordenadora de Gestão de Tecnologias Aplicadas à Educação de São Paulo, tendo por base estudos realizados por professores e agentes educacionais paulistas, com fins de proceder a uma revisão no conteúdo das referidas publicações.
De acordo com a professora Luísa Lessa, o convite da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo vem coroar um trabalho que ela realiza desde a década de 1990. “Dei-me conta que recebi um convite fantástico. Um reconhecimento do meu trabalho, por meio de pessoas distantes. Fiquei assustada e envaidecida, é claro. Afinal, a minha vida se resume a ler, pesquisar, escrever e ministrar aulas”, disse.
A professora ressaltou que, por ter nascido no meio da floresta amazônica, decidiu contribuir para a sociedade escrevendo seus textos didáticos. “De Tarauacá para o seringal onde nasci são seis dias de barco. Por isso, talvez, eu tenha resolvido fazer esse trabalho gratuito de ensinar e informar estudantes e educadores. É uma forma de dar ao Acre um pouco do que recebi de meus professores. Tento a cada dia ser uma pessoa melhor. O magistério é minha vida. Ensinar é aprender duas vezes”, concluiu Luísa Lessa.
Pesquisadora sênior da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), a professora Luísa Lessa ocupa o seu tempo escrevendo artigos para o jornal A GAZETA, ministrando aulas em cursos de espe-cialização no campus Floresta (Cruzeiro do Sul) e elaborando uma publicação denominada Atlas etnolinguístico do Acre, cuja publicação está prevista para o próximo ano. (Assessoria Ufac)