“E para completar a situação, o Governo do Acre reduziu em 25% o orçamento da defensoria”, reclama outro. Uma assembleia pré-agendada para fevereiro deve definir sobre a greve.
O orçamento de 2012 da Defensoria Pública do Acre foi de R$ 2,3 milhões. Com a redução de 25%, ficou algo em torno de R$ 1,8 milhão. “É pouco para uma equipe que conseguiu, com todos os problemas de infraestrutura de trabalho, cumprir 100 mil atendimentos ao longo do ano passado”, afirmou uma defensora. A advogada acredita que em 2012 o nível de produtividade seja o mesmo.
Outro defensor afirma que falta apoio político à atuação da categoria. “Em outros estados, o apoio de parlamentares é mais próximo”, afirma. “Aqui, nem da situação, nem da oposição há apoio ao trabalho dos defensores”.
O defensor-chefe, Dion Nóbrega, argumenta que o governador Tião Viana garantiu suplementação orçamentária e contratação de mais 12 defensores ainda no primeiro bimestre de 2013. “Não pode haver precipitação”, contemporiza Nóbrega. “Já nos dois primeiros meses de 2013, o governo vai contratar mais 12 defensores que se somam aos 49 já existentes”.
Provavelmente, o anúncio da contratação dos novos defensores deve anteceder a assembleia programada para fevereiro; uma forma de tentar neutralizar o movimento grevista.