Mais do que ficar fazendo previsões ou adivinhando se haverá ou não uma nova enchente na Capital e outros municípios, a questão maior que se deve colocar para a reflexão e tomada de medidas é o que se fez e o que se fará para prevenir os prejuízos e sofrimento das milhares de famílias que serão atingidas por este verdadeiro flagelo que se apresenta a cada “inverno amazônico”.
Evidentemente que, de imediato, o poder público deve estar atento e acompanhando diariamente a subida e vazante dos rios da região, sobretudo o Rio Acre, e tomar com antecedência as medidas para socorrer e dar abrigo às famílias que seriam atingidas em suas casas por uma nova alagação.
Isto, entretanto, não basta. O problema é mais abrangente e precisa ser encarado, de uma vez por todas, com determinação e coragem. E uma das medidas, por mais radical que possa ser, é a desativação de áreas ou bairros que, comprova-damente, se tornaram impróprios – ou sempre foram – para moradias, comércio e outras atividades.
Não há outra saída e todos os investimentos devem ser canalizados para este objetivo, se houver realmente interesse em resolver esse problema crônico, sem a repetição das mesmas tragédias todos os anos. Algumas medidas já vêm sendo tomadas, como a construção de conjuntos habitacionais e agora a Cidade do Povo. É o óbvio e por isso mesmo deve ser feito.