Acertada e providencial, sob todos os aspectos, essa medida anunciada no final de semana pelo governador do Estado e o prefeito da Capital em cancelar a participação do poder público no Carnaval popular para conter gastos.
Como o próprio governador assinalou na entrevista, os estados e municípios vivem uma situação atípica com a redução de recursos, sobretudo, nos repasses constitucionais e é preciso, portanto, conter gastos, para não prejudicar os serviços essenciais.
No caso do município, como aduziu o prefeito, a mesma medida torna-se necessária para não prejudicar os trabalhos que vêm sendo feitos na cidade com a Ação de Inverno, visando a limpeza para prevenir e combater a dengue.
Mesmo dando-se o direito de discordar ou criticar, são argumentos irretorquíveis, ditados pelo bom senso. Além do que, não se está proibindo que a sociedade promova o Carnaval e o próprio Governo oferecerá a logística necessária de segurança para garantir a tranquilidade dos foliões.
Além da contenção de gastos, a medida é providencial, pois ainda não está afastada a possibilidade de uma nova alagação, o que demandaria mais gastos do Estado e município. Não há motivos para tanto alarde. Até porque, depois do anúncio, uma empresa de eventos já se dispôs a realizar o Carnaval, a preços acessíveis.