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Continuava solto

A omissão do poder público e da própria sociedade com o consumo aberto e desenfreado de drogas têm gerado situações perigosas, mons-truosas, nas quais já não se distingue mais até onde vai o direito de uma suposta liberdade e o crime. Nesses dias mesmo, a sociedade ficou chocada, indignada com um crime hediondo ocorrido em Xapuri. Um rapaz estuprou uma criança de quatro anos e não satisfeito ainda a assassinou.

Porém, não se trata apenas de um maníaco, um pervertido sexual. A cidade inteira o conhece e o reconhece como um usuário contumaz de drogas, um drogado, que  já tinha passagem pela polícia pela prática de outros delitos.

Contudo, continuava solto, porque era mais um desses drogados que perambulam pelas ruas na mais completa impunidade. Ou seja, comprava e consumia drogas, como se o tráfico não fosse um delito e pior do que isso: drogado, fora de si, acabou por cometer mais esse crime hediondo.

Quando se discute no país a desativação das chamadas e famigeradas “crackolândias”, impressiona como alguns segmentos levantam a voz, arvorando-se em defensores dos usuários , considerando-os apenas vítimas, sem atentar para os riscos que representam. Não se ignora que são sim vítimas e precisam de tratamento, mas não jeito como propõem esses segmentos, na mais completa impunidade, vagando pelas ruas.

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