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Omissos e impotentes

O alerta foi dado e o Incra e outros órgãos responsáveis pela regularização fundiária precisam agir para se antecipar a esse conflito pela posse da terra que estaria ocorrendo numa fazenda, no Seringal Porto Luiz, na BR-364, envolvendo cerca de 140 famílias de agricultores.

Como se noticiou, essas famílias estariam sendo ameaçadas por pecuaristas da região e até tiros já teriam sido disparados contra os barracos e há o risco de um confronto iminente entre os ocupantes e peões de fazendas vizinhas.

Depois de tudo o que este Estado já passou na disputa pela posse da terra, com um rastro de sangue e várias mortes, não se admite mais este tipo de conflito. O Incra e outros órgãos precisam intervir e se antecipar, primeiro, com a aplicação da legislação e depois com medidas sociais para o assentamento ordeiro e pacífico dessas famílias, se for o caso.

O que se vem observando nos últimos anos é um esvaziamento de órgãos como o Incra e Funai, que já desempenharam um papel importante no passado na solução dos conflitos pela posse da terra e, atualmente, se mostram omissos ou impotentes para desempenhar suas funções mais elementares.

O que não significa, entretanto, que os conflitos deixaram de existir como que por encanto na região amazônica. Eles continuam existindo e os governos federal e estaduais precisam agir para que não se reeditem as barbaridades ocorridas em décadas passadas.

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