Até por uma questão psicológica e pedagógica vale insistir sobre o assunto: se pouco ou nada se pode fazer para atenuar a dor das famílias desses mais de 200 estudantes que morreram nesta tragédia em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, pelo menos, que se tomem as medidas necessárias e urgentes para que ela não se repita pelos mesmos erros que a teriam provocado.
Neste aspecto, agiu corretamente o governador do Estado, Tião Viana, ao determinar imediata fiscalização por parte do Corpo de Bombeiros a todas as casas noturnas da Capital, como agiu acertadamente a mídia local ao apontar algumas situações de risco.
Não se trata de sair apontando o dedo, condenando este ou aquele empresário. Trata-se de analisar e verificar as condições em que esses locais estão funcionando, averiguar as situações de risco que devem ser imediatamente corrigidas e exigir que funcionem dentro das normas de segurança previstas na legislação.
Pelo que se acompanha no noticiário, foi justamente por ignorar ou burlar essas normas que essa boate de Santa Maria acabou por facilitar a ocorrência dessa tragédia de proporções absurdas e danos irreparáveis.
E justamente para evitar que ela se repita é que se deve tomar essas medidas urgentes e necessárias, sem transigências. São vidas de centenas, milhares de jovens que estão em jogo a cada final de semana.