Se decorar números de celular com 8 dígitos é difícil para alguns, então a memória dos acreanos vai passar a ser mais exigida a partir de 2016. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) continua com o seu planejamento de implementar o nono dígito nos aparelhos de telefonia móvel em todo o país até o final de 2016, ou seja, daqui a 3 anos.
Os planos de manter a implantação do nono dígito do Acre foi reforçado no anúncio da Anatel feito na manhã de quarta-feira, dia 9, para o serviço chegar ao interior de São Paulo (onde começou a instalação) e Rio de Janeiro e Espírito Santo. O anúncio foi feito após um relatório técnico da agência reguladora revelando que o nono dígito vai chegar até 25 de agosto em áreas com DDD 12 a 19, em São Paulo, e até 27 de outubro nas áreas com DDD 21, 22 e 24, no Rio de Janeiro, e com o DDD 27 e 28, no Espírito Santo.
O calendário da agência segue em implantar o nono dígito de celular em 5 estados: Amazonas, Amapá, Maranhão, Pará e Roraima. Até o final de 2015, a Aneel prevê implantar o serviço em mais 9 estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Pa-raíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Já o Acre está na última leva dos estados a receberem o serviço: Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Tocantins.
Vale destacar que a inserção do nono dígito no sistema de telefonia móvel acontece de forma gradual, para que as pessoas se acostumem com ele. Este período de adaptação dura cerca de 30 a 60 dias, com as pessoas podendo ainda ligar usando 8 ou 90 dígitos (os que ligam com 8 já são orientados a usar os 9 dígitos). Daí, o uso dos 9 números se torna obrigatório.
O nono digito começou a se tornar necessário por causa de São Paulo. Lá, o DDD 11 consumia 34 milhões de linhas telefônicas, mas só havia 42 milhões números possíveis. Isto é, faltava 8 milhões de combinações para São Paulo não poder mais ter linhas habilitadas. A partir daí, a Anatel começou a implantar o nono dígito, em 29 de julho do ano passado, para aumentar as combinações possíveis de 42 para 90 milhões em São Paulo. Agora, a agência reguladora visa instalar o sistema com 9 números em todo o país, inclusive o Acre, para padronizar os serviços.