A Diocese de Rio Branco realizou, na manhã de ontem, o lançamento da 50ª edição da Campanha da Fraternidade. Esse ano tem como tema “Fraternidade e Juventude” e o lema “Eis-me aqui, envia-me”. O objetivo da campanha é acolher os jovens no contexto de mudança de época, propondo um olhar para essa realidade.
Em 1992 a Campanha da Fraternidade também tratou a juventude como tema central, explicou o Padre Mássimo Lombardi, coordenador da Diocese de Rio Branco. “Há 21 anos a igreja levantou o problema da juventude em outra campanha da fraternidade. Os jovens, na transformação da sociedade, onde vivemos uma mudança de época, precisam ser mais conhecidos. A juventude é uma fase da vida que muda, se transforma. Os jovens que conhecemos há alguns anos atrás são diferentes hoje. Eles têm outras expectativas, outros sonhos, outras batalhas e outra visão da vida. A igreja, a sociedade, a escola deve ser atualizada sempre. Os jovens são uma força de renovação da sociedade”.
Desirê Bandeira, 21 anos, ressaltou que o tema é solidário aos que mais sofrem com os desafios da mudança de época e com a exclusão social. “Esse é um tema muito importante, veio para fazer a junção com a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) no Brasil, que acontece neste ano. Com isso, temos um olhar diferenciado aos jovens na igreja. Temos problemas sociais que acontecem com os jovens e que não podemos esconder. E por isso eles se distanciam, mas a igreja vai tentar resgatá-los e mostrar o quanto são importantes dentro da igreja”.
O Bispo Dom Joaquín Pertíñez esteve presente no evento. Ele destacou a mobilização que os jovens devem ter. “A juventude é importante para nós e a igreja quer afirmar sua fé na juventude. Nesses tempos que estamos atravessando, nessa mudança de época, os jovens devem ter seu protagonismo na construção de uma nova sociedade melhor, de paz, de cultura e de vida, que tanto é procurada e anseiada. Essa campanha veio para incentivar todos para tomar consciência do momento em que vivemos, além de que eles saibam usar os novos meios que existem em favor da evangelização e da cultura de vida, que infelizmente não está presente na nossa juventude. A morte, a violência e a marginalização dos jovens se fazem presente no nosso meio. A juventude deve dar a sua colaboração e contribuição para que o mundo seja melhor e mais fraterno para todos”.
Dom Joaquín também fez a avaliação da campanha no momento da renúncia do Papa Bento XVI. “A renúncia do Papa foi totalmente inesperada, foi uma surpresa para nós. Ele sempre se mostrou e apoiou, sempre ao lado da juventude. A jornada mundial da juventude estava prevista para o mês de julho no nosso país e ele iria participar, mas agora teremos a presença de um novo Papa. Vamos nos preparar para esse momento importante para essa jornada e com certeza ele irá nos acompanhar em suas orações para que tudo seja para o bem dos jovens do nosso Brasil, que ele ama e que sempre expressou o seu afeto e carinho. Esperamos que o novo papa seja o certo para esse novo tempo que estamos vivendo, para continuar a missão da igreja nesses novos anos”.