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Terror em Villa Busch volta a ser discutido na Assembleia

Alguns deputados aproveitaram a sessão ordinária da Aleac, nesta terça-feira, 19, para tratar ainda da questão da morte de um brasileiro e a exposição à tortura de mais 5 brasileiros, em Cobija, no presídio de Villa Busch.

O deputado Walter Prado que vai a Brasília na madrugada desta quarta-feira, 20, disse que levará o fato ao conhecimento das autoridades federais e que fará seu depoimento na Comisão de Direitos Humanos do Senado Federal sobre a problemática.

“Farei um relato real do que vi lá, pois acompanho esses fatos ocorridos na Bolívia há mais de cinco anos. E farei meu relato. Eu também tive acesso ao material coletado pelo senador Aníbal Diniz (PT-AC) e o secretário de Direitos Humanos, Nílson Mourão, e apresentarei as autoridades junto com a comissão composta nesta Casa”, disse Prado.

Outro que se manifestou em defesa dos brasileiros e foi bem expressivo em seu discurso foi o deputado Eber Machado. Para ele a Bolívia não cumpre os acordos bilaterais além de pressionar empresários brasileiros que tem relações com aquele país.

“Não podemos compac-tuar com isso. Empresários brasileiros sendo expulsos da Bolívia porque não concordam em pagar propina para a Justiça boliviana. Se for pra ser preconceituoso com boliviano para defender os interesses dos acreanos eu vou ser”, ressaltou Machado.

O deputado Wherles Rocha (PSDB) foi mais além e criticou não só a postura da Bolívia diante dos brasileiros, mas também fez críticas ao Incra quanto a retirada de brasileiros da faixa de fronteira entre os dois países. Para o parlamentar, os assentamentos não dão as condições mínimas de sobrevivência.

“A maioria dos assentamentos são pasto de fazenda. Os brasileiros que foram expulsos da Bolívia já herdaram uma dívida de 30 mil reais. As casas que foram feitas, por exemplo, estão caindo. Foram enganados pelo governo brasileiro”, finalizou Rocha.

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