É preciso cautela, muito cautela na análise dos depoimentos prestados anteontem à comissão de deputados federais que veio ao Acre investigar o tráfico de pessoas e acabou voltando suas atenções para a Operação Delivery, que investiga uma rede de exploração sexual de menores e adolescentes.
Dos convocados a depor, alguns inclusive presos pela referida Operação, evidentemente que não se poderia esperar que se declarassem inocentes. E mais do que isso, orientados por seus advogados, que tentassem desqualificar e desacreditar as investigações realizadas pela polícia e pelo Ministério Público. É o óbvio.
De outros depoentes, que também lançaram acusações contra a polícia e autoridades, também deve-se dar a devida credibilidade. Ou seja, credibilidade nenhuma, porque não apresentaram provas e, reconhecidamente, são pessoas desqualificadas, sem causas e compromissos com a sociedade.
O que se tem a fazer é pesar e sopesar as várias versões e dar prosseguimento às investigações. Como foi demonstrado pela polícia e Ministério Público existe uma rede de exploração sexual de adolescentes configurada, com alicia-dores, clientes e vítimas e este fato não pode ser ignorado, mesmo resguardando o direito dos acusados. O caso está na Justiça e precisa ser levado até o fim. É o que importa.