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Cobrar responsabilidades

Por mais que se diga que a situação dos haitianos em Brasiléia tenha sido contornada e melhorada com a vida de uma força-tarefa de Brasília para acelerar a expedição de documentos, a rigor, o problema não estará resolvido em toda a sua gravidade e extensão.

Aliás, seria de todo recomendável que o Governo do Estado exigisse dos responsáveis por esta equipe composta por representantes de vários ministé-rios, que já estaria retornando hoje a Brasília, que assumisse alguns compromissos inadiáveis para atacar o problema em suas origens.

Entre outros, o de reforçar a vigilância na fronteira para disciplinar a entrada desses migrantes. Como as próprias autoridades admitem, a maioria deles está chegando ao Acre através de um esquema criminoso de tráfico de pessoas, o qual, inclusive tem aumentado e se agravado com a vinda de migrantes de países africanos e asiáticos.

A partir dessa constatação, simplesmente, facilitar e agilizar a expedição de documentos não resolve o problema. Pode até mesmo estimular ainda mais o fluxo migratório, se não houver ao mesmo tempo esse trabalho de vigilância e combate aos atravessadores, aos coiotes.

Se por questões humanitárias, não se pode impedir a vinda de haitianos, não se pode também ser ingênuos ou até mesmo coniventes com este esquema perverso. Por isso mesmo, o Governo do Estado precisa cobrar responsabilidades do Governo Federal, a fim de que o problema seja resolvido em sua verdadeira extensão.

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