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Dia de índio

É inegável que as mobilizações indígenas, com o auxílio das organizações de apoio, foram decisivas pra garantir na Constituição deste país os artigos 231 e 232, que tratam da proteção ambiental, da saúde e do apoio às atividades produtivas para as comunidades indígenas.

No entanto, é lamentável que muitos não compreenderam bem que não basta garantir direitos em papel. O direito se conquista na luta. A sua efetivação e aplicação ainda estão pendentes de 1988 até hoje, e só vão ocorrer mediante exaustivas cobranças, fiscalizações e lutas, ainda que sob novas estratégias.

Com a abertura política e o neoliberalismo dos anos 90, o movimento indígena e parte das organizações de apoio perderam, parcialmente, as formas clássicas de mobilização por direitos e as estratégicas capitalistas, mais uma vez, minaram os focos de resistência sob o falso pretexto do fim da necessidade de lutas por melhorias. É como se anunciassem o fim da história. Foi neste momento que os povos indígenas do Acre sofrem um brutal enfraquecimento das lutas e mobilizações.

Hoje, dia 19 de abril, o que se tem observado no âmbito local é um esforço constante do Governo do Estado em levar dignidade a todos os povos indígenas. Problemas como as hepatites nas aldeias e a migração de grupos para a cidade pouco a pouco estão sendo sanados com novos investimentos, eliminando das aldeias o retrocesso que por muito tempo vinha minando a esperança desses povos.

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