Como se noticiou, o governador Tião Viana ordenou a seus secretários que façam um levantamento rigoroso sobre a entrada de migrantes haitianos no Acre, através da fronteira com a Bolívia e outros países vizinhos. Medida acertada e necessária.
Como também se vem divulgando, o fluxo migratório de haitianos, castigados pela tragédia do grande terremoto naquele país, que já vem se prolongando há dois, três anos, ainda não cessou e as notícias que chegam da fronteira são de que, nas últimas semanas, houve inclusive um recrudescimento.
Cercada por denúncias feitas pelos próprios migrantes de que estariam sendo vítimas da ação dos chamados “coiotes”, é preciso tomar os devidos cuidados para que o Acre, que até agora lhes tem dado assistência, não venha a se transformar em um posto de tráfico de pessoas. Como, aliás, já surgiu a denúncia de que um dos próprios haitianos estaria praticando.
Fato é que a situação se tornou insustentável e perigosa e, com efeito, é preciso que se faça esse estudo para tomar as medidas cabíveis. Ao contrário dos países vizinhos e mesmo outros estados brasileiros, o Acre já deu sua quota de colaboração, até além de suas possibilidades, para acolher e encaminhar esses migrantes.
É preciso que o Governo brasileiro e organismos internacionais assumam também suas responsabilidades.