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Acre: caminhos para um novo tempo

Fui a Acrelândia na última quinta-feira, acompanhar os deputados estaduais em uma sessão ordinária. E ao começar os discursos um parlamentar falou das dificuldades que a bacia leiteira do município enfrenta. Antes havia visto umas reportagens confirmando o discurso do deputado. O material jorna-lístico dizia que produtores rurais tinham vendido suas matrizes leiteiras por conta da inviabilidade da atividade.

O Acre tem um potencial para a agropecuária sim! Isso é fato. Temos chuvas bem distribuídas, solo favorável para algumas culturas. Acredito que o caminho do Acre são a pecuária leiteira, a piscicultura, a suinocultura, a criação de ovinos. Essas variedades elas sim atendem ao pequeno produtor rural. Isso garante a renda do homem do campo. Acredito, também, se os projetos não gerarem dinheiro e esses recursos não chegarem aos pequenos, são projetos falidos.

Acredito que o governo da Frente Popular está no caminho certo quando apóia a criação de peixes, a suinocultura, a ovinocultura. Mas me preocupo quando vejo que grandes projetos como o Complexo de Piscicultura possa não ser levado a sério por outros governos. E essa preocupação se dá, porque nestes projetos são investidos o dinheiro público. Então, se faz necessário que os próximos governos que sucedam o governador Tião Viana, e aí cabe para a situação quanto para a oposição, o dever de dar a continuidade nos projetos já iniciados. Não podemos a cada gestão voltar ao marco zero. Assim o Acre não se desenvolve. Nunca deixaremos de depender dos repasses do FPE.

Em se tratando de FPE, o deputado estadual Luís Tchê (PDT) tem o apoio da deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB), que sejam pagos aos estados que preserva a floresta um quantitativo a mais.  Mas que esse quantitativo, repito, chegue ao pequeno produtor rural, pois poderá ser mais um argumento falho como tantos outros que existem.
Outro grande desafio do Acre é a pavimentação da BR-364, por definitivo. Acredito que a estrada vai proporcionar uma integração definitiva entre os dois vales. O Acre não pode se resumir ao Juruá e ao Vale do Acre. E aqui não quero entrar no mérito da discussão das condições da estrada. O momento é de unir forças, corrigir os erros e fazer sim um Acre melhor para se viver. E esse Acre só será melhor quando a dona Maria lá do Riozinho do Rola ou o seu Zé lá das barrancas do Rio Liberdade tiverem o acesso às políticas institucionais. Pelo que ouço no mundo da política, tanto local quanto nacional, finalizo dizendo: menos discurso e mais ação!

José Pinheiro é  jornalista da equipe de A GAZETA
jsp30acre@gmail.com

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