São graves essas informações da Associação dos Magistrados do Acre (Asmac), segundo as quais a desembargadora Denise Bonfim teria recebido ameaças de morte. Por isso mesmo devem ser apuradas com todo o rigor para resguardar sua integridade e para evitar que a denúncia caia no vazio ou na espetacularização.
Como se supõem que essas ameaças tenham a ver com a Operação G-7, desencadeada pela Polícia Federal e autorizada pela desembargadora, ninguém mais indicado para apurar a denúncia do que a própria Polícia Federal.
Como se noticiou também que as ameaças teriam vindo de telefonemas e de comentários de presos dentro da penitenciária, é de esperar que a Polícia Federal chegue com relativa facilidade ao autor ou autores, considerando a profusão de escutas telefônicas que produziu ao longo das investigações que culminaram com várias prisões dos supostos envolvidos na referida operação.
Para a segurança e o bem-estar da desembargadora e da segurança e tranquilidade pública, uma denúncia tão grave não pode ser ignorada, cair no esquecimento ou servir de motivação para embates político-eleitoreiros, como já se está assistindo. E que os resultados das investigações e os autores sejam apresentados o mais breve possível à sociedade.