Já não era sem tempo de a Polícia Federal vir a público para dar explicações mais detalhadas sobre a Operação G-7, que resultou na prisão de secretários de Estado e empresários. Depois de duas semanas, o delegado que preside o inquérito deu entrevista à TV GAZETA.
Assim é que se deve proceder para que a sociedade possa se inteirar dos fatos e avaliar o trabalho da polícia. Ao contrário do que alguns segmentos pensam e defendem, nenhuma instituição pública está isenta ou desobrigada de prestar informações corretas e honestas à sociedade.
No Estado Democrático é assim que devem proceder. Foi-se o tempo em que algumas polícias, por exemplo, sem nenhum controle externo, muitas vezes, à margem da lei, agiam secreta e arbitrariamente, sem prestar nenhuma satisfação à sociedade. O resultado dessa prática sabe-se no que deu.
Agora com as informações prestadas pelo delegado, a sociedade fica sabendo como foi conduzido o in-quérito, quem foram os alvos das investigações, quem não foi e os delitos pelos quais os envolvidos foram presos e estão sendo processados.
O que a sociedade não pode aceitar é que, sob qualquer pretexto, como já se observou, substitua-se o Estado Democrático de Direito pelo Estado Policial de Direito.