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Não seria justo

 Em boa hora, o Governo, através da secretária da Casa Civil, garante que algumas obras em andamento, como o Ruas do Povo e Cidade do Povo, não serão interrompidas por conta da Operação G-7, que resultou na prisão de empreiteiros e secretários de Estado. E assim deve ser.

 Como já se disse e vale repetir, trata-se de um fato, grave sim, mas que se encontra ainda em fase de investigação policial e como tal deve ser tratado. Apesar de detidos, a rigor, nenhum dos envolvidos foi condenado e é do Direito respeitar a presunção da inocência até a decisão final da Justiça. O contrário seria o arbítrio.

 Além do mais, não seria justo que a sociedade seja privada e prejudicada na concessão dos serviços essenciais, como os da saúde, educação, segurança pública e programas como esses da pavimentação de ruas e construção de moradias.
Se há irregularidades, elas devem ser corrigidas. Se há, de fato, culpados, devem ser punidos de acordo com a lei, mas – repetindo – não seria justo que a sociedade seja prejudicada na concessão desses serviços.

 Que a polícia e a Justiça exerçam com independência a sua função, mas que este processo não seja contaminado por questões políticas e partidárias. O Estado não pode parar, engessar por uma investigação policial.

Categories: EDITORIAL
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