Livres agora da coerção das grades, é de esperar que empresários e servidores públicos possam se defender das acusações que pesam contra eles levantadas pela Operação G-7 da Polícia Federal e convertidas em processo judicial, usando do direito e das prerrogativas que a legislação lhes faculta.
São acusações graves de formação de cartel em licitações de obras públicas e desvios de cerca de R$ 4 milhões, entre outras. Por isso mesmo, precisam ser convincentes e veementes também em suas defesas, para provar que essas acusações não procedem e lhes foram impingidas através de métodos também ilegais, como monitoramento e escutas telefônicas.
Da mesma forma, embora já tenha se antecipado em várias ocasiões, o Governo do Estado também precisa ser igualmente firme e convincente para se contrapor a essas acusações, a fim de que a sociedade, a opinião pública possa saber de que lado está a verdade.
No fundo, é isso que interessa e que é preciso ser devidamente resgatado em todo esse caso que conflagrou e paralisou o Estado nesses últimos dois meses.
Além de uma ação policial espetaculosa, é preciso que agora os envolvidos façam as suas defesas com os instrumentos que a lei lhes faculta, sem a coerção da prisão e sem contaminação de qualquer espécie. O que a sociedade quer é a verdade, somente a verdade.