A história ensina que é de todo conveniente não criar falsas expectativas nem subestimar esses movimentos populares que irrompem, de repente, mexendo com vida social e política de um país, como está ocorrendo nesses dias no Brasil.
Na medida em que as manifestações vão se sucedendo, fica claro cada vez mais claro que se trata de uma demanda reprimida da população que começou com protestos contra o aumento das tarifas de ônibus e estão se estendendo para outros serviços públicos, como a melhoria na saúde, educação, e, indo mais além, clamando pela reforma política e a mo-ralização da coisa pública.
A verdade é que a sociedade cansou de ser mal atendida ou até mesmo maltratada na concessão desses serviços públicos essenciais e está exigindo mudanças. Ainda bem que, de modo geral, os governantes de todas as instâncias, entenderam o recado e começam a tomar as primeiras providências para atender a essas e outras reivindicações.
De outra parte, é preciso que os manifestantes e seus líderes, se existem, se deem conta e tomem os devidos cuidados para não permitir que o movimento seja contaminado por oportunistas de última hora, com interesses visivelmente eleitoreiros ou revanchistas. Muito menos por baderneiros. Como se tem assistindo, esse tipo de gente não está convidada a participar. Sua participação é dispensável.