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Justas e oportunas

São justas e oportunas essas manifestações dos vários segmentos da sociedade para marcar posição contra as ameaças de paralisação de obras e projetos em desenvolvimento no Estado, como a que se assistiu ontem pelas ruas centrais da Capital dos operários da construção civil.

Ninguém como eles sabem o que significa a ameaça de perder cerca de 20 mil postos de trabalho que seriam gerados só com um desses projetos, o Cidade do Povo, num estado carente de oportunidades.  

Nada a opor que a polícia e a Justiça desempenhem suas funções, de acordo com a legislação. Contudo, vale também insistir que uma investigação policial, por mais espetaculosa que o seja, não pode interferir ou engessar projetos de desenvolvimento de um Estado, numa intervenção totalmente indevida e descabida. Mesmo porque o caso está ainda em julgamento nas diversas instâncias.

É preciso, portanto, que magistrados e dirigentes de alguns órgãos de fiscalização tenham esse entendimento e o bom senso de investigar sim, aplicar a lei para corrigir o que está errado, mas não podem se fazer de surdos aos problemas sociais que poderão advir com decisões precipitadas, algumas até arbitrárias.

Trabalhadores saíram às ruas. Por enquanto, de forma pacífica. Mais adiante, não se sabe a persistirem essas ameaças ao seu direito de trabalhar e garantir seu sustento e de suas famílias.

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