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Não se sustenta

Ainda sobre as manifestações que tomaram conta do país nas últimas semanas, seus participantes, mas, sobretudo, suas lideranças precisam tomar os devidos cuidados para não cair na banalização ou, pior do que isso, não comprometê-las com o vandalismo e a violência, como se está assistindo todos os dias.

O que se vem observado nos últimos dias é que o movimento já não está mais atraindo as milhares ou milhões de participantes e nem poderia. O povo tem suas preocupações, seus deveres a cumprir e a vida não pode parar, de repente, como se tudo se resumisse em sair para as ruas para protestar.

Por isso mesmo seus organizadores ou lideranças precisam ser inteligentes e mesmo responsáveis para não forçar e banalizar um movimento que emergiu legítimo e vigoroso a ponto de mexer com todo o país.

Ficou claro que o povo foi às ruas para protestar e exigir, antes de tudo, a melhoria de serviços essenciais, como o transporte coletivo, saúde, educação e o combate à corrupção e privilégios da classe política.

Desviar o foco para outras questões secundárias ou simplesmente para o protesto pelo protesto não leva a nada, não se sustenta. A não ser dar vazão aos vândalos ou mesmo ao crime, como se está assistindo. 

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